terça-feira, 26 de junho de 2012

CAUSAS DE ADOECIMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL DEVEM SER ESTUDADAS



 
















 
A construção civil é responsável por grande parte do emprego das camadas pobres da população masculina, e também considerada uma das mais perigosas em todo o mundo, liderando as taxas de acidentes de trabalho fatais, não fatais e anos de vida perdidos. Em 2001, estimava-se em 1.091.744 o número de trabalhadores nesse ramo da indústria, o que correspon­dia a 6,4% da população ocupada de dez ou mais anos de idade, e cerca de 19,26% dos trabalhadores da indústria. Dados mais recentes revelam que na Região Sudeste o número de trabalhadores na construção civil é de 2.476.137, aumentando consideravelmente desde a última estimativa.

O trabalho é uma das fontes de satisfação do ser humano, abrangendo variáveis como autorrealização, manutenção das relações interpessoais e sobrevivência, mas pode também ser fonte de adoeci­men­to quando associado a riscos para a saúde. No ambiente laboral, os processos de desgaste do corpo são determinados praticamente pelo tipo de trabalho e pela forma como ele se organiza.

A avaliação dos aspectos relacionados à abordagem psicossocial do trabalho tem tido relevância em estudos recentes na área de saúde e trabalho. Diversas propos­tas teóricas e metodológicas vêm sendo elaboradas na perspectiva de apresentar modelos de estudo nessa dimensão.

Mudanças no cenário econômico e político do país geraram transformações no contexto da indústria e da construção civil em geral, no setor de edifi­ca­ções e na ­construção relacionada ao setor petroquí­mico. Com isso, cresce a demanda por a­ná­lises sobre aspectos diferenciados da Saúde Ocupacional com a­tenção especial aos trabalhadores da construção civil.

Agravos
Estresse é o estado gerado pela percepção de estímulos que provocam excitação emocional e, ao perturbarem a homeosta­sia, disparam um processo de adaptação caracterizado, entre outras alterações, pelo aumento de secreção de adrenalina, produzindo manifestações sistêmicas com distúrbios fisiológicos e psicológicos. Es­tressor, por sua vez, é evento ou estímulo que provoca ou conduz ao estresse.

Os agravos provenientes da saúde mental, em graus variados de complexidade e duração, contribuem significativamente nos índices de morbidade da população, começando pela prevalência em inquéritos de morbidade, pelos números de atendimentos e internações hospitalares, além da possível causa de incapacidade para o trabalho. Acredita-se que, nas áreas metropolitanas brasileiras, à semelhança do que ocorre em outros países, cerca de 18% da população necessitam de algum tipo de ajuda psiquiátrica. Para estes, estima-se a ne­cessidade de, pelo menos, duas ­consultas médicas por ano, o que demonstra a repercussão do problema na infraes­trutura dos serviços de saúde.

Confira o artigo completo na edição de junho da Revista Proteção
Foto: Renato Salles 
Fonte: Revista Proteção 

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